revista Radiolar #4 - June 1950 - Walter Forster radio & TV actor.
Walter Forster, o índio loiro da Taba (Radio e TV Tupi)
Walter Gerhard Forster nasceu em 23 Março 1917, em Campinas-SP,
filho de Ida e Jacob Forster. Irmãos: Ilse Forster Holtmann, Alice Forster
Hilkner, Eduardo Forster, Ludwig Forster e Reinaldo Forster, pela ordem
cronológica.
Quando era menino tinha apelido de Cartola – não sabe porque. Sentiu grande orgulho quando soube que era
tio da linda Daisy, a primeira sobrinha. Tinha então, 12 anos em 1929. A pior
lembrança que tem desse tempo é quando fumou o primeiro cigarro e sentiu horrível
disposição e ainda por cima apanhou em casa. Lembra-se que foram os únicos ‘tabefes’
paternos que recebeu na vida. Hoje (junho 1950) fuma Continental e Philip Morris, isso fora
o cachimbo... e se sente bem.
Gostava de brincar de ‘troça’ na rua com os companheiros.
Sempre foi o ‘guidão’. Guiava caminhão aos 12 anos.
Estudou na antiga Escola Alemã de Campinas e no Ginásio
Estadual de Campinas. Botou calças compridas aos 13 anos... e por sinal que eram
as calças do irmão mais velho. Era um ‘pirolão’ nessa idade. Seus pais achavam que
ele teria futuro na Odontologia. Hoje em dia ele reconhece que não teria paciência
para viver essa profissão.
revista Radiolar #4 - June 1950 - Urbano Reis & family.
Urbano Reis (radio producer)
Jovem e aplaudido produtor da Radio São Paulo
- Qual seu nome verdadeiro?
- Braz Espósito. Sou xará de Braz Cubas, o fundador da cidade de Santos,
sem o Cubas, é claro.
Minha mãe chama-se Lucia. Tenho uma irmã de 23 anos e um
irmão, Rubens, com 17. Todos me chamam por Braz. Os outros todos, inclusive
minha esposa e meu filho (ele não me chama de ‘pai’) tratam me de Urbano.
Aliás, é bom dizer aqui, entre parênteses, que eu sinto-me mais Urbano que
Braz, embora o Braz, aqui em São Paulo fique dentro do perímetro Urbano.
- Qual é a sua melhor recordação da infância?
- Eu sou como o dom Fulgêncio. Não tive infância e por isso
faço agora tudo que devia ter feito quando era pequeno. Por isso meu filho
Walter Ivan não me chama de pai e sim de Urbano. Ele tem 2 anos, eu tenho 28
(nasci em 1922).
PRA-5, Radio São Paulo presents Dulce Santucci's 'Mulheres de minha vida' (Women of my life) starrin Waldemar Ciglioni, Leonor Navarro, Cecy de Alencar, Augusto Barone; on Mon., Wed. & Fri. at 9:00 pm.
Radiolar # 31 - October 1952.
Newton Sá - popular leading radio actor aka galã
Deixemos que o próprio Newton fale sobre sua vida: Meu pai
era farmacêutico... à força de tanto lidar com receitas e drogas, acaba sendo
um pouco médico... e sonhava para mim uma carreira de médico. Mas eu, que
gostava tanto de brincar na fazenda de meu tio em Avaré-SP acabei querendo ser
boiadeiro a toda força.
Nasci na cidade de Maracay-SP, em 13 Outubro 1923. Hoje
tenho 29 anos e moro no Alto da Lapa com minha esposa Neusa Terezinha Araújo e nosso
filhinho Jorge Newton.
- É verdade que você ingressou no radio como cantor?
- Sim. Desde criança tive queda para o canto. Com 6 anos, sob
a direção de meu saudoso pai, cheguei a cantar em muitas cidades do interior do
Paraná e São Paulo. E ainda me lembro de algumas canções desse tempo. E tomando
o violão Newton interpretou algumas canções antigas.
Meu pai se chamava Jorge e minha mãe Yolanda Rosa Righi. A
pior emoção de minha vida foi quando morreu Papai. Lembro-me ainda da sala
cheia de gente, o caixão e papai. Quando me ergueram do chão para que eu o
beijasse pela ultima vez, eu sorri para os presentes como se estivesse num
palco agradecendo aplausos. Nunca me esquecerei desse beijo, que só depois de
grande compreendi. Eu tinha então, 7 anos de idade.
Vesti calças compridas pela 1ª vez quando tinha 13 anos, e
como me senti importante. Aos 12 anos eu já fumava, apesar da proibição dos
adultos. Minha 1ª namorada se chamava Elizabeth. Sempre fui leitor assíduo da
Tico Tico. Hoje os tempos mudaram e a gurizada quer mais ação e dinamismo. Eu
acompanho esse ritmo e encarno um personagem tão do gosto da época, Capitão
Atlas.
- Conte-nos como ingressou no radio, Newton.
- Foi com o cantor. Cantei no radio fazendo parte do
conjunto da Radio Gazeta. Não tive sorte, não fui compreendido. Achavam que a
minha voz era muito parecida com a do Orlando Silva. Isso me prejudicou. Um dia
resolvi tentar a Radio São Paulo. Lá tinha um grande amigo, o Waldyr de
Oliveira. Submeti-me a teste com o Augusto Bonani e fui bem sucedido. Meu 1º
papel surgiu na novela ‘Vida’, de Thalma de Oliveira, positivando-se depois com
o papel de galã da novela ‘O lodo e as estrelas’ escrita por Cyro Bassini.
- É verdade que o gênero radio-teatro está cansando?
- Não. A novela foi, é e será sempre a viga mestra do radio.
É atacada porque é grande. E tudo que é grande provoca inveja.
- Qual é o seu passa-tempo predileto?
- Cantar, cantar, cantar. Quando não estou no radio, onde
trabalho 7 horas por dia, estou em casa cantando. Também gosto de andar de
bicicletas.
Arthur Miranda wrote at the same site, São Paulo minha cidade: Conheci muito o pessoal da Radio São Paulo dessa época. Tive 3 sobrinhos que trabalharam nessa famosa radio: Newton Sá, galã casado com minha sobrinha Neusa Araujo; e o Carlos Araujo, ator central, casado com a atriz Odete Lins... e muitos amigos como Antonio Aragão, Fred Jorge (o Jaburu), Mario Dias, Gilmara Sanches, casada com Ezio Ramos, Arlete Montenegro, Enio Rocha com também o Odayr Marzano, que também fez televisão mais tarde.
Arthur Miranda wrote at the same site, São Paulo minha cidade: Conheci muito o pessoal da Radio São Paulo dessa época. Tive 3 sobrinhos que trabalharam nessa famosa radio: Newton Sá, galã casado com minha sobrinha Neusa Araujo; e o Carlos Araujo, ator central, casado com a atriz Odete Lins... e muitos amigos como Antonio Aragão, Fred Jorge (o Jaburu), Mario Dias, Gilmara Sanches, casada com Ezio Ramos, Arlete Montenegro, Enio Rocha com também o Odayr Marzano, que também fez televisão mais tarde.
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