Friday, October 20, 2017

WALTER SILVA, disc jockey & cultural agitator

 

Legendary São Paulo DJ Walter Silva aka Pica-Pau (Woody Pecker) made a name for himself first as a record label promoter for independent RGE visiting radio stations all over Brazil and then as a popular disc jockey at Radio Bandeirantes at its peak in the mid to late 1950s.

Walter Silva helped promote Maysa circa 1956. Two years later he was instrumental in supporting João Gilberto's 'Chega de saudade' single which had already been given up by Odeon's men as a dud. Walter would keep on playing João Gilberto's seminal record until it entered the charts first in São Paulo and then the whole country.

By 1963, Walter started promoting Bossa Nova revival concerts at Theatro Paramount in São Paulo which became a sort of South American Olympiá. Mr Silva would tape the live shows and release them as albums for RGE. In 1964, 'O fino da bossa' featuring Alaíde Costa's 'Onde está você?', Ana Lúcia's 'Tem dó' and Wanda's 'Desafinado' topped the album charts being at #1 for many weeks. Walter's idea of filling theatres with avid fans of Brazilian music brought on the legendary 'MPB festivals' that raged the scene until the end of the 1960s. 

Walter Silva was definetly a trend setter. Here, Walter is interviewed by a local journalist who worked for a Mooca publication. Mooca being the suburb in which Walter Silva was born and raised. 

Walter Silva, o “Pica-Pau”

Nossa personalidade mooquense de hoje é o Walter Silva, também conhecido por Pica-Pau, famosíssimo radialista, locutor de televisão, jornalista, escritor, produtor e divulgador musical etc.

A espontaneidade do depoimento de nosso homenageado foi tão atraente, que preferimos transcrever a sua história com suas próprias palavras :

“Costumo dizer que sou nascido e mal-criado na Moóca (que significa 'pouso', 'rancho' em Tupi). Filho de Francisco da Silva, motorista de ônibus e Vicentina Cardenuto da Silva, tecelã, filha de italianos, de Nápoles e da Calábria, fui criado pela avó, portuguesa da Régua, Mariana Ferreira da Silva e pelo seu marido de segundas núpcias “seo” Américo Antonio Gomes, também português, de Bragança, Trás-os-Montes, motorista de táxi.

Por eles fui criado dos 2 aos 21 anos. A mãe desse sr Américo tinha uma leiteria na Rua do Oratório; o pai dele chamava-se Eugenio Gomes e a mãe Maria e ambos se conheceram num baile da Portuguesa da Moóca, no salão que tinha na rua Marques de Valença quase esquina da Pires de Campos.

Nasci em 7 Março 1933, na rua Dom Bosco n° 752 (na época chamava-se rua Xingu), aliás, a mesma rua onde nasceu José Serra, mas a família teve muitos outros endereços, pois a cada aumento do aluguel se via obrigada a procurar por uma moradia mais barata: Rua Antunes Maciel, Marques de Valença, Padre Raposo, Jumana, Dom Joaquim de Melo, Conde Prates. Daí mudamos para Rua Cuiabá 569 pegado ao local onde hoje está o MMDC. Lá era um vale de água límpida e barro branco.

A gente pulava lá de cima e caia no barro branco. Daí ela mudou para uma outra casa em frente, no 596 que era do sr. Vitório, chefe dos cocheiros da Antactica. Ele chegava cheirando a estrume todo dia, mas era um português maravilhoso, muito bacana. Dali fomos para a Pires de Campos, onde morei até 1954 quando me casei, com 21 anos, e fui morar na Rua Javari em frente ao Crespi e, depois disso, numa vila da Rua João Antonio de Oliveira ao lado do campo do Juventus. A gente subia numa escada e ficava assistindo aos jogos.

Eu nasci na Rua Dom Bosco, mas só ia lá nos finais de semana visitar meus pais e meus irmãos. Eu tinha 5 irmãos : WilmaWilsonWandaWandir e Wanderlei. Eu tive uma infância muito triste e solitária, porque eu queria estar com meus irmãos e ficava com a minha avó que era severíssima e com o meu padrinho, “seo” Américo, que era um santo; não reclamava: me ajudava e me orientava em muitas coisas; falávamos sobre política. Com seu incentivo, já aos 14 anos, em 1947, eu era orador da juventude comunista, partido ao qual me engajei.

Comecei meus estudos no pré-primário do Externato Paes de Barros localizado na esquina da Rua Madre de Deus com Paes de Barros. A minha professora chamava-se Esther de Freitas, era uma negra forte, bonita. Aos 7 anos entrei no Grupo Escolar Armando Araújo, cujo diretor era o Professor Luiz Coffone. Aos onze anos, em 1944, terminado o grupo escolar, fui trabalhar na fábrica Redentor, na rua da Mooca, onde embrulhava santinhos de chumbo: N.S. Aparecida, Santo Antonio, São Gennaro mas, o que mais vendia era Santo Onofre, o protetor dos bêbados.

Depois, cursei dactilografia na Escola Técnica de Comércio Brasilux, sendo aluno de dona Olímpia e do Professor Rampazzo. Fiz Senai, sou torneiro mecânico. Fiz Senac, sou auxiliar de escritório.

A veia de comunicador despontou cedo, quando, aos 17 anos, fazia um “bico” como locutor e animador do Grêmio Glorioso Progresso Tobias Barreto, clube de futebol engajado na campanha política de 1950, como retribuição a ajuda concedida pelos candidatos a deputado Otávio Rodrigues Maria e Mário Aprile, este diretor da Indústria de Tapetes Bandeirante.

Depois disso fui contratado pelos srs. Osvaldo Gimenez, um sargento da aeronáutica que gostava de mexer com rádio e Mario Mattos, um português que era técnico de rádio, que num pequeno edifício de dois andares situado na rua Taquari quase esquina com a rua da Mooca, possuíam um serviço de alto-falantes. Durante o dia eu divulgava lojas e produtos, como o Café Sucesso e a Manteiga Peter, mas a atividade mais marcante ocorria às 6 horas da tarde, quando eu lia a Ave Maria do livro de Manoel Cristino para as “normalistas”, que era o apelido que a gente dava para as operárias do Crespi, que àquela hora saiam do seu emprego.

Em 1952, com 19 anos, comecei efetivamente a minha carreira no rádio, ingressando na Radio Emissora de Piratininga onde atuei como locutor comercial. No ano seguinte fui para a Radio Nove de Julho, emissora do Serviço de Comemorações do IV Centenário de São Paulo. Em fins de 1954 fui para o Rio de Janeiro onde atuei nas Rádios Mayrink VeigaMundial e Nacional, iniciando também a carreira de divulgador de discos.

Em 1957 voltei para São Paulo, ingressando na Rádio Record, com o programa “A Toca do Disco”, usando como chamada para o programa o famoso som do Pica-Pau, personagem de desenho animado que, mais tarde, deu origem ao meu apelido. O sucesso foi tão grande que ameaçava a liderança da Rádio Bandeirantes com o seu famoso “Telefone Pedindo Bis”, de Enzo de Almeida Passos.

Em 1958 fui convidado pela Rádio Bandeirantes onde lancei o programa “Pick-Up do Pica Pau” , que chegou a dar 22 pontos no Ibope, índice de audiência até hoje não alcançado por nenhuma emissora de rádio do País.

Década de 40

Em 1 Dezembro 1958, estreia do programa “Pick up do Pica-Pau” na rádio Bandeirantes.

Passei, também, por outras emissoras de rádio e atuei em TV, principalmente na área de esportes, sendo o segundo repórter de campo televisivo (o primeiro foi o Silvio Luiz). Tive, igualmente, a felicidades de atuar na organização e promoção de inúmeros shows e lançamento de discos na época áurea da bossa nova (obs: ele foi um dos baluartes desse importante movimento musical), presenciando ou participando do “ lançamento” de vários novos valores como Elis Regina, Maysa, Milton Nascimento, Chico Buarque, Toquinho e tantos outros.

Aposentei-me das atividades no rádio e televisão em 1987, passando a escrever para jornais e revistas e fazer palestras sobre comunicação em faculdades da área. Também escrevi um livro, com o título “Vou te contar”, já em segunda edição onde são narradas interessantes histórias da música popular brasileira.

Mas, hoje, a maior parte do meu tempo é dedicada a minha família: minha esposa Déa (que em latim significa Deusa), e meus filhos Celina, Waltinho, Rodrigo e Carlos Eduardo que foram o suporte de toda essa minha jornada”

Bem, esses foram alguns dos muitos relatos que o mooquense Walter Silva gentilmente prestou para o Portal da Mooca, durante uma entrevista que durou quase cinco agradáveis horas. Naturalmente, principalmente no tocante a sua vida profissional, tivemos que fazer uma síntese. Se você quiser saber de mais detalhes (e vale a pena!) acesse o site oficial desse nosso ilustre homenageado: www.waltersilvapicapau.com.br

obs : Walter Silva nasceu em 7 Março 1933 e faleceu em 27 Fevereiro 2008.


Walter Silva started 'A toca do disco' at Sao Paulo's Radio Record in mid-1958. He had worked as a speaker at Radio Nacional Paulista up to 1957. Then he became a promotion-man for new independent label RGE. 

Walter was instrumental in turning Maysa into a national obsession when he became her assistant after she left her life as a Sao Paulo socialite and became a professional singer - recording a 10" album for RGE in 1956

Walter did his job so well, he was soon invited by Paulinho Machado de Carvalho to start a radio show of his own at Radio Record, the highest rating broadcaster in São Paulo at that time. 

Walter's style was fresh & original and a success. Soon he was poached from Radio Record by Radio Bandeirantes where he started 'O pick up do Pica Pau' in early January 1959. He left RGE to concentrate only on his radio show. 

Walter Silva had his best period at Radio Bandeirantes. 

Everywhere he went he would do the same sort of show... and he was always successful with his listeners. 
Radiolandia #225, 16 August 1958.

Revista do Radio n. 449 - 19 April 1958.
Radio Record programme grid:

9:00 - 'É disco que eu gosto' with Irvando Luiz
13:00 to 13:30 - 'Desafiando discotecas' with José Moura
13:30 to 15:30 - 'A toca do disco' with Walter Silva
23:00 to 0:30 - 'Disque discos' with Miguel Vaccaro Netto

Radiolandia n. 333 - 26 March 1960
Revista do Radio n. 324 - Walter Silva  & Geraldo Tassinari at Radio Nacional Paulista where he started in 1956.
Revista do Radio n. 779 - 1964.

Sunday, October 15, 2017

The day Janio Quadros' daughter married - 1960

Tutu Quadros arrives at Igreja Nossa Senhora de Fátima... like royalty. 
Radiolandia #340, 1st November 1960


Janio & Tutu on 25 March 1953, three days after he won the election. 

Friday, September 29, 2017

RADIO NACIONAL PAULISTA starts broadcasting in 1952

Victor Costa nee Victor Petraglia Geraldini, general director of Rio de Janeiro's Radio Nacional, gives a speech at the Opening of São Paulo's Radio Nacional in May 1952; bottom photo shows Lucas Nogueira Garcez, governor of the State of São Paulo (1951-1955) sitting on a chair surrounded by Mr Victor Costa & other authorities. 
The day PRG-9, Radio Nacional Paulista started broadcasting in São Paulo in May 1952. Opening gala at Teatro de Cultura Artística on Rua Nestor Pestana; Photo published at Revista do Radio no. 142.
'Vida Doméstica', June 1952

'Parada de Sucessos', a programme MCed by Helio de Alencar on Radio Nacional Paulista from Monday through Saturday from 11:30 to 12:00 was the most popular at its time-slot.

If one happened to be walking in a residential area between 11:30 and 12:00 one was bound to listen to the strains of Glenn Miller's 'Saint Louis Blues March' which was the 'leit-motiv' of 'Parada de Sucessos'. Everyone and his dog listened to this radio show.

Lojas Assumpção or Radios Assumpção S.A. had been the patron of the radio show since it started in 1949. 
10 August 1956; ad at 'Correio Paulistano' announcing Manoel de Nóbrega and his humorists on Saturday night at 8:00 pm. 
1st May 1958 - 'Vida Doméstica' no.482; Radio Nacional Paulista celebrates its 6th year of broadcasting with highlights of Hebe Camargo, Ronald Golias, Agostinho dos Santos, Lourdes Rocha, Manoel de Nóbrega, orchestra conductor Spartaco Rossi and Sarita Campos.
In 1959, 'Parada de Sucessos' entered its 10th year on the air. Radio Nacional gave a bash at Cine Piratininga - one of the largest in São Paulo accommodating 5,000 happy people who congragated to see their favourite singers like Carlos Gonzaga, Agostinho dos Santos, Laila Curi, João Gilberto, Roberto Luna plus a list of comedians like Chocolate.
Helio de Alencar's unique way of presenting 'Parada de Sucessos' made it the highest-rating radio show whenever it went on air in mid-fifties and early sixties. Here's Helio in a shot taken in 1957
'Calouros da Saudade', on Wednesday nights at 8:30, presented amateur singers performing songs of a by-gone era (30s & 40s) at Radio Nacional Paulista 1,100 kcs, commanded by J.Antonio D'Ávila. 'Correio Paulistano', 23rd April 1959.
Radio Nacional paulista staff in 1956
Hebe Camargo, Abelardo Barbosa aka Chacrinha and singer Francisco Egydio wearing sun glasses at the studios of Radio Nacional Paulista in 1960.
Libero Miguel was a producer who signed with TV Paulista in 1958 and did a whole lotta work there in the next few years. Here are some of the series (novelas) and plays he produced. 

Wednesday, August 16, 2017

1950s RADIO STATIONS - 1962 - 1963 -1970s

a cyclist ponder his best move out of such a confusing traffic... 
trams standing on Rua Xavier de Toledo during the Christmas season... 

Site of Radio Cultura de São Paulo aka Palácio do Radio on Avenida São João. Radio Cultura reigned supreme in the 1940s & 1950s. 
Revista do Radio no.58 publishes the names of Artistic Directors of 10 different São Paulo radio stations in 1950. Journalist Egas Muniz was the boss at Radio América; Paulo Machado de Carvalho Filho was # 1 at Radio Panamericana, Raul Duarte at the helm of Radio Record and radio-drama actor Waldemar Ciglioni the director of Radio São Paulo. 
13 September 1958 - Revista do Radio publishes TV Paulista, Channel 5 weekly grid. 'Praça da Alegria' on Mondays; Charles Dicken's 'David Copperfield' novela on Thursday; Lana Bittencourt and talk-show sensation Silveira Sampaio on Friday; 


São Paulo radio stations circa 1963

620    Radio Panamericana  (Emissoras Unidas)
640    Radio Nove de Julho (owned by the Catholic Church)
670    Radio Excelsior (Organização Victor Costa)
700    Radio Eldorado (owned by newspaper 'O Estado de S.Paulo)
780    Radio Marconi
840    Radio Bandeirantes 
890    Radio Gazeta (owned by newspaper 'A Gazeta')
960    Radio Difusora  (Emissoras Associadas)

1.000   Radio Record (Emissoras Unidas)
1.040   Radio Tupi (Emissoras Associadas)
1.100   Radio Nacional Paulista (Organização Victor Costa)
1.200   Radio Piratininga
1.300   Radio São Paulo (Emissoras Unidas)
1.380   Radio Industrial Paulista
1.410   Radio America

Radio Cultura (Emissoras Associadas)
Radio Cometa ('Velho realejo' com Salomão Junior) 
Radio Santo Amaro

'Melodias' #153, June 1970, with news about Radio Tupi's New Scheme (Um Novo Esquema).

Thursday, August 10, 2017

QUEEN ELIZABETH II visits Sao Paulo - 8 November 1968.

there's a dearth of Queen Elizabeth's photographs taken during her 1968 visit to São Paulo... this is the only one I could get hold of... which shows her waving to the public when she arrives to open MASP - Art Museum of Sao Paulo on 8 November 1968.
N.B.: The dearth of photos of ERII's São Paulo visit suddenly became a flood due to Her Majesty's death on 8 September 2022. All of a sudden all of those Her Majesty's hidden photos saw the day light in many a blog and site in the Internet. 
a different angle from the same spot... MASP at Avenida Paulista.
ERII & São Paulo mayor Faria Lima. 
Queen Elizabeth II motorcade goes to town through Avenida 9 de Julho, on 6 November 1968.
Queen's motorcade enter Viaducto do Chá... 
Queen Elizabeth II on top of the world... top of Edificio Italia, São Paulo's highest building with São Paulo's mayor Brigadier Faria Lima and assorted socialites. 
Prince Philip, the Queen, Mrs. Abreu Sodré & her husband, not-elected but appointed by the military dictatorship governor of S.Paulo in that period. 
The Royal couple at Ipiranga's Independence Monument on 6 November 1968
On top of Edifício Itália... see Rua da Consolação in the background...

Wednesday, August 2, 2017

Radio Bandeirantes - March 1963

Radio Bandeirantes was the most popular radio station in São Paulo in the first half of the 1960s. Bandeirantes supremacy though was dented by Helio Ribeiro's complete make-over of Radio Tupi in late 1964. So we could safely say Bandeirantes ruled the waves for half a decade. 

Here's a whole-page advertising on 24 November 1963, Sunday at 'O Estado de S.Paulo' in which one can see what it took for Radio Bandeirantes to be the Number One station in the city. 


09:00 - Omar Cardoso - A dança das horas
09:30 - Ricardo Macedo - Discomentando 
10:00 - Fernando Solera - Pick up do Pica Pau
12:00 - Fernando Solera - Mil discos é o limit 
13:00 - Enzo de Almeida Passos - Telefone pedindo bis 
14:00 - Fausto Canova - É disco que eu gosto 
14:30 - Enzo de Almeida Passos- Atendendo o ouvinte 
15:00 - Rubens Greiffo - Qual é a música? 
16:00 - Enzo de Almeida Passos - Vitrola mágica 
17:00 - Vicente Leporace - Sem discussão 
18:00 - Sergio Galvão - Os brotos comandam 
18:30 - Fausto Canova - Sambalanço 

Radio Bandeirantes used to register their programme titles as trade-marks even when their names referred to a particular DJ as Walter Silva who had been known as Pica Pau all his life due to his sporting a big nose. Walter devised a title for his show as 'Pick up do Pica Pau' (Woodpecker's pick-up) but wasn't cunning enough to beat the radio station in its own game. When Walter Silva left the broadcaster due to a salary dispute Radio Bandeirantes kept the name of HIS show. 

The same happened to DJ Henrique Lobo who devised a name for his programme - 'É disco que eu gosto' - that was registered surreptitiously by Bandeirantes as its own trade mark. 


singer João Dias with Enzo de Almeida Passos, the man of the hour at Radio Bandeirantes.

Tuesday, June 6, 2017

BARROS DE ALENCAR, radio DJ & singer

Radio Tupi's director Helio Ribeiro (1964-1965) congratulates Barros de Alencar, the most popular DJ at the station (from 1964 through the late 1970s). 

Cristovão Barros de Alencar was born on 5 August 1932, in Uiraúna in the Northeastern state of Paraíba. He left home early, first going to school in neighbouring Patos-PB, then to Campina Grande-PB where he worked as a commercial speaker at Radio Borborema.

When he was 18 years old in 1950, Barros moved to Recife-PE where he was supposed to go to law school. He never became a lawyer but got a job at Radio Nordeste in Natal-RN in which he presented 'Clube do radio-fan'.

In 1956, Barros was at Radio Poty presenting 'Jornal do fan'. Next year, 1957, Barros had moved south to Belo Horizonte where he worked at Radio Guarany and produced programmes for TV Itacolomi.

From Minas, Barros moved south to São Paulo where he found a job as a commercial speaker at Radio Panamericana. By 1963, Barros had his own show, 'Revista musical brasileira' at Radio Tupi, albeit it was in the so-called 'grave-yard slot', from 23:30 through to 1:00 AM.

Barros though was at the right place at the right time. In mid-1964 Emissoras Associadas signed radio whiz-kid Helio Ribeiro to overhaul Radio Tupi which was lagging in the ratings. Ribeiro following radio man Kalil Filho's advice gave Barros the late morning slot - from 10:00 to 12:00 AM. 'Só sucessos' went from strength to strength and made Alencar popular overnight. Radio Tupi shot to the top in a matter of weeks and stayed there for a few years. 

Helio Ribeiro left the station, but Barros stayed put for more than 10 years. From his seat at Radio Tupi he established himself as a major radio personality. Anyone who ever listened to his late-morning show can still remember the jingle that was played at the last half-hour: 'Barros de Alencar vai apresentar as 7 mais do dia, as 7 campeãs!'. 

Mr. Alencar also kept a career as a recording singer. His RCA discs played only at his shows but soon started to have a more widespread appeal having reached its peak in 1975 when he had a big hit with 'Emanuela', a cover of the French novelty tune. 

Barros de Alencar died on the first hours of 5 June 2017, in São Paulo and was buried at Cemiterio Primavera in Guarulhos in the afternoon of the same day. 
Barros de Alencar in 1958, during his days at Radio Guarany in Belo Horizonte-MG.
Revista do Radio n. - 11 May 1963. Barros MCed 'Revista musical brasileira' starting 23:30 through 1:00 AM - the so-called 'grave-yard slot'. 

Revista do Radio n. 810 - 27 March 1965Barros tells part of his story since he left his home town. For some reason he fails to mention he made a 'pit-stop' in Belo Horizonte-MG though. 
Barros de Alencar with Wanderley Cardoso, Bolívar, Genival Melo & Rinaldo Calheiros. 
Barros de Alencar and Amilton Fernandes, who also had a daily programme at Radio Tupi. Amilton shot to instant celebrity when he played Albertinho Limonta in TV's remake of Felix Caignet's 'O direito de nascer' (The right to be born) so he had to leave off the radio show. In this Revista do Radio piece, Barros says he had two sons: Sergio Francisco and Cristovão Barros de Alencar Filho. He didn't mention the existence of a wife though.

actor-speaker Amilton Fernandes records an album of Barros de Alencar's chronicles.
Barros de Alencar gets his Roquette Pinto for best DJ from actress Marcia Maria in 1965.
a 1966 ad at 'Intervalo' TV Guide.
In September 1966, Barros de Alencar proved he could be as successful as Roberto Carlos who had filled to capacity Cine Universo on Rua Celso Garcia, the largest movie-theatre in town for his birthday on 19 April 1966. The pictures in 'Melodias' # 112, October 1966 show the event in its plenitude. 

By 1969, after 5 years on top at Radio Tupi, 'Só sucessos' stretched from a 2 to 4 hour-programme. Barros talks to 'Melodias' about radio programming.
in the 1970s Barros made inroads into TV having signed with TV Record to MC a weekly Saturday bash. He also increased his phonographic releases by RCA Victor. 
Barros de Alencar in 1975